O treinamento de força ajuda no emagrecimento?

Eu já escrevi sobre exercício e emagrecimento em outras oportunidades, você pode ler aqui e aqui. Nesta postagem vou te falar um pouco mais sobre os exercícios de força e o emagrecimento.

Emagrecer é algo que praticamente todas as pessoas desejam, seja pela saúde, pela estética ou por ambos. Independente da razão nem sempre alcançar esse objetivo é fácil, é necessário que se tenha dedicação, compromisso e regularidade.

É vital que todos saibam que a alimentação é o fator mais importante para o emagrecimento, para saber mais sobre isso clique aqui. Contudo o exercício, principalmente o exercício de força, pode ajudar muito com essa tarefa. Vamos ver a razão disto.

Treinamento de força pode ajudar seu corpo a queimar calorias com eficiência.

Todo e qualquer tipo de exercício ajuda a aumentar a quantidade de calorias gastas pelo nosso corpo em repouso ao longo de um dia, isso é conhecido como metabolismo em repouso.

Quando realizamos exercícios aeróbicos e/ou exercícios de força, nosso corpo continua a gastar calorias após uma sessão de treinamento, enquanto retorna ao gasto calórico pré-exercício de forma lenta. Este processo é chamado de excesso de consumo de oxigênio pós-exercício [1].

Porém quando completamos uma sessão de treinamento de força, seja com pesos, aparelhos de musculação ou o peso corporal, nosso corpo vai precisar de mais energia quanto mais esforço tivermos realizado durante a sessão. Assim podemos amplificar esse efeito quanto mais energia for gasta durante a execução dos exercícios.

Dessa forma quanto mais calorias gastarmos durante o treino, maior será nosso gasto calórico após o seu final, no período em que estamos nos recuperando.

O treinamento de força ajuda a manter o peso em longo prazo.

Como o treinamento de força aumenta o consumo de oxigênio pós-exercício, existe a possibilidade de que ele nos ajude a aumentar a perda de peso ou a manutenção de um peso menor mais do que o treinamento aeróbico isoladamente. Isso é provável porque o treinamento de força mantem nosso metabolismo elevado por mais tempo do que os exercícios aeróbicos.

Esse metabolismo elevado é devido ao fato de que a massa muscular é um dos tecidos corporais mais ativos do ponto de vista energético. Fazendo com que se você tiver mais massa muscular, mais calorias você gastará, mesmo que durante o sono.

Um estudo publicado na revista Obesity [2] comparou pessoas que não fazem dieta, com pessoas que fazem dieta e exercícios aeróbicos e outras que fazem dieta e treinamento de força, ele demonstrou que durante 18 semanas aqueles que faziam dieta e exercícios de força perderam mais gordura (8 kg) do que as pessoas que combinaram dieta e exercícios aeróbicos (7 kg) ou aqueles que fizeram somente dieta (4,5 kg).

É possível que você reduza mais gordura corporal quando o treinamento de força é combinado com uma redução das calorias ingeridas. Quando você combina o treinamento de força e dieta é possível que a redução da gordura corporal ocorra juntamente com o aumenta da massa muscular magra, mais do que se você fizesse o treinamento de força de forma isolada. Foi isso que um estudo [3] publicado em 2018 demonstrou.

Considerações finais

É importante sempre termos em mente que para atingirmos o emagrecimento a dieta deve ser o foco. Porém quando combinamos dieta com e exercício, principalmente exercícios de força, temos uma maior possibilidade de sucesso na redução do peso e da sua manutenção.

Também não podemos esquecer de todos os benefícios a saúde inerentes ao treinamento de força, para saber mais sobre isso clique aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Grande abraço, Carlinhos.

Referências

[1] McCall P. 2014. 7 Things to Know About Excess Post-exercise Oxygen Consumption (EPOC). Link

[2] KM, et al. 2017. Effect of Exercise Type During Intentional Weight Loss on Body Composition in Older Adults with Obesity. doi: 10.1002/oby.21977

[3] Miller T, et al. 2018. Resistance Training Combined With Diet Decreases Body Fat While Preserving Lean Mass Independent of Resting Metabolic Rate: A Randomized Trial. doi: 10.1123/ijsnem.2017-0221